JOSÉ MARQUES DE CASTILHO Nasceu em Águeda, na Quinta do Atalho, a 3 de janeiro de 1869.Em 1887, em Coimbra, concluiu o Curso Teológico cujos estudos preparatórios havia iniciado em Aveiro. Com uma vida dedicada ao ensino, ingressa, em 30 de Outubro de 1893, no Liceu de Aveiro como professor interino, passando mais tarde a professor efetivo e Diretor da Escola de Ensino Normal naquela mesma cidade, onde ensinou pedagogia até 5 de Novembro de 1910, data em que é transferido para Leiria, onde permanece até finais de 1912 por ter sido colocado em Évora, lugar que não chega a ocupar, por motivos vários, e, por nova transferência, passa a lecionar na Escola do Ensino Normal de Viseu até 1926. Regressado a Águeda, apercebe-se da nova realidade aguedense e as suas preocupações viram-se para o desenvolvimento industrial do concelho e para o fraco índice escolar da sua população. Face à qualidade do ensino proporcionado pela Escola Primária Superior, e tendo presentes as reais necessidades concelhias, envereda pelo ensino e formação profissionais, de que é pioneiro, visando, em primeiro lugar, a oferta de mão-de-obra especializada à indústria então existente e à sua modernização. Após a criação, a 27 de janeiro de 1927, da Escola Industrial e Comercial de Águeda, é nomeado seu Diretor interino e professor de Português e Francês, passando, posteriormente, a efetivo das cadeiras de Geografia e História e Diretor efetiva partir de 12 de setembro de 1930. A sua produção literária cingiu-se a diversas publicações, de caráter pedagógico, em jornais e revistas, com colaboração dispersa por vários anos. No jornal “Soberania do Povo” assinou, durante muito tempo, uma coluna denominada “Caturrices de um Velho” dedicada ao estudo dos nomes próprios da região, tendo usado o pseudónimo de Mário Dinis. Na sua dedicação ao ensino e à investigação é de destacar, durante a sua permanência em Viseu, a criação do Instituto Etnológico das Beiras, de que foi diretor, e a sua nomeação como sócio correspondente do Instituto Arqueológico do Algarve “pelos seus trabalhos de investigação filológica” e membro permanente do Instituto Histórico do Minho. A 31 de Dezembro de 1938, atingido o limite de idade, deixou todas as suas atividades, sendo, então, agraciado com o grau de Oficial da Ordem de Instrução Pública pela relevância dos serviços à mesma prestados. Voltar!