ERCÍLIA PINTO Nascida em Aguada de Cima em 1914 e falecida a 11 de Agosto de 1982, formou-se na Escola do Magistério Primário de Coimbra e lecionou em diversas localidades, com especial referência para Soure onde se manteve por vários anos. Ainda em Coimbra cursou Ciências Pedagógicas na respetiva Universidade. Adepta confessa da Democracia Cristã e defensora do Salazarismo e da Mocidade Portuguesa foi, no entanto, senhora de grande visão político-social e considerada figura polémica pela sua atitude contra as injustiças e em defesa dos direitos humanos. Colaborou em vários jornais e revistas, como a “Gazeta do Centro”, “Alma Popular” (Oliveira do Bairro) e “Arquivo Distrital de Aveiro”, sendo de destacar a sua participação no “Diário de Coimbra”, e deixou diversas obras publicadas em poesia, crónica, teatro e estudos vários, sendo, dessas, uma Opereta que teve música original de Raposo Marques, então diretor artístico da Tuna e Orfeão Académico de Coimbra, e que havia sido representada a 23 de Abril de 1939 no Teatro de Anadia. Na contra-capa do respetivo livro anunciava-se a publicação próxima de um romance intitulado “Perseguição”, onde a autora pretendia focar o drama dos refugiados da 2ª Guerra Mundial, exilados na Curia. Não se encontra, porém, qualquer referência a tal edição. A escritora viria a falecer em Oliveira do Bairro, solteira, talvez por opção, talvez em virtude das exigências dos Regulamentos Oficiais no que respeitava aos cônjuges dos docentes. OBRAS PUBLICADAS “Crónicas do meu tempo no Teatro” “O Doutor de Coimbra” “A poesia da guerra” “Rosas a Abrir” “Uma lição de música, poesia e dança” “Espíritos em Vila Nova” “A minha defesa em verso” “Caderno prático para aprender a ler e a escrever a Língua Portuguesa” “O espírito de Eça na Costa Nova” “Evolução política e social da Mulher” “Modos antigos de contestar” Voltar!