ARMANDO CASTELA Natural de Águeda, aqui nasceu em 1881 e faleceu em 1971. Foi Chefe de Tesouraria da Repartição de Finanças de Águeda e Administrador do mesmo Concelho, cargo de que pediu a exoneração em 1917 por divergência com políticos adversários (e intrigas pelos mesmos lançadas) com base nas “Subsistências”, medidas sociais então aplicadas um pouco por todo o país e que visavam pôr cobro à especulação e ao açambarcamento que se fazia sentir. Republicano e patriota convicto, foi um dos fundadores do “Orfeão de Águeda”, cujo principal objetivo visava a angariação de fundos para ocorrer às dificuldades das famílias dos soldados mobilizados no decurso da Primeira Grande Guerra. Foi companheiro do Dr. Eugénio Ribeiro no combate às tropas monárquicas da Junta Governativa do Porto, a 27 de janeiro de 1919, no que ficou para a história como o “Combate das Barreiras”, e participou, a 28 de Junho de 1924, do grupo que dinamitou as “Minas das Talhadas”. Figura de reconhecido mérito quer como cidadão, quer como político, por todos tido como leal e sincero aguedense e republicano, colaborou nos jornais “Alma Popular” e, sobretudo, “Independência de Águeda”, tendo utilizado o pseudónimo “Silvio”. Foi, com Francisco Lima, co-autor da revista Águas do Botaréu, levada à cena pelo Grupo de Teatro do “Orfeão de Águeda”. Mereceu, por parte de Jaime Cortesão, na sua obra “Portugal, a Terra e o Homem”, uma referência elogiosa. Voltar!